BRGames abre inscrições até 25 de junho, para a primeira edição

19 05 2009
BRGames abre inscrições até 25 de junho, para a primeira edição
Carlos Rocha
A Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura quer incentivar a pesquisa na área de jogos de computador e entretenimento digital, fortalecendo essa indústria e ampliando o mercado no Brasil e no exterior. Os dois editais lançados anteriormente – com o nome de Jogos BR – estimularam, principalmente, a produção dos demos.  O BR Games quer continuar investindo na produção, mas também aposta na criatividade dos novos talentos e das empresas do setor para conquistar e ampliar o mercado interno, além de inserir os 10 jogos selecionados em um dos principais eventos internacionais desse segmento.
O edital é voltado para estudantes, profissionais autônomos e empresas da área, com os seguintes prêmios: Pessoas Físicas: R$ 70.000,00 para cada um dos sete (7) demos selecionados. Os escolhidos deverão abrir uma pequena empresa ou firmar acordos de coprodução. Empresas: R$ 140.000,00 para cada um dos três (3) demos escolhidos. Desse valor, 80% serão viabilizados por investimento público e 20% por contrapartida das empresas vencedoras, que para inscrever-se devem comprovar a publicação de ao menos um jogo. Os valores serão liberados conforme os selecionados forem cumprindo o cronograma das etapas de entrega dos demos.
Segundo o Secretário do Audiovisual, Silvio Da Rin, os jogos eletrônicos se transformaram em uma espécie de febre mundial. “Há jogos que vendem mais de 3 milhões de unidades somente no dia do lançamento. É um fenômeno que afeta todas as idades, mas a infância e a juventude, cidadãos em fase de formação, são os alvos prioritários de nossa atenção. Os avatares, os heróis dos jogos em circulação na web e nas lojas não têm relação alguma com as paisagens, mitos e narrativas brasileiras”.
Para ele, é muito importante estimular aqueles que trabalham com arte eletrônica e animação a produzirem demos jogáveis mais integrados à realidade brasileira, capazes de gerar um sentimento de pertencimento à cultura nacional. “O objetivo final do concurso BR Games é levar os projetos desenvolvidos aos mercados internacionais especializados, para que possam ser negociados e publicados por alguns dos poucos fabricantes que dominam este mercado, um dos mais lucrativos das indústrias criativas e de entretenimento”, explica.
Para participar é necessário o envio de uma proposta escrita conforme modelo disponível para consulta no link: http://www.brgames2009.com.br. Ela será avaliada por uma comissão integrada por profissionais do segmento de jogos de computador e entretenimento digital. Em uma segunda etapa, 20 projetos serão selecionados para uma defesa oral. Desses sairão os dez vencedores, que terão seis meses para trabalhar no desenvolvimento final.
A nova versão do Edital de Jogos Eletrônicos – BrGames – é uma parceria entre a Secretaria do Audiovisual (SAv/MinC), Secretaria de Políticas Culturais (SPC/MinC) e Associação para Promoção da Excelência do Software Brasileiro (SOFTEX), com o apoio da Associação Brasileira de Desenvolvedoras de Jogos Eletrônicos (Abragames).
* Com dados do Minc

Carlos Rocha

A Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura quer incentivar a pesquisa na área de jogos de computador e entretenimento digital, fortalecendo essa indústria e ampliando o mercado no Brasil e no exterior. Os dois editais lançados anteriormente – com o nome de Jogos BR – estimularam, principalmente, a produção dos demos.  O BR Games quer continuar investindo na produção, mas também aposta na criatividade dos novos talentos e das empresas do setor para conquistar e ampliar o mercado interno, além de inserir os 10 jogos selecionados em um dos principais eventos internacionais desse segmento.

O edital é voltado para estudantes, profissionais autônomos e empresas da área, com os seguintes prêmios: Pessoas Físicas: R$ 70.000,00 para cada um dos sete (7) demos selecionados. Os escolhidos deverão abrir uma pequena empresa ou firmar acordos de coprodução. Empresas: R$ 140.000,00 para cada um dos três (3) demos escolhidos. Desse valor, 80% serão viabilizados por investimento público e 20% por contrapartida das empresas vencedoras, que para inscrever-se devem comprovar a publicação de ao menos um jogo. Os valores serão liberados conforme os selecionados forem cumprindo o cronograma das etapas de entrega dos demos.

Segundo o Secretário do Audiovisual, Silvio Da Rin, os jogos eletrônicos se transformaram em uma espécie de febre mundial. “Há jogos que vendem mais de 3 milhões de unidades somente no dia do lançamento. É um fenômeno que afeta todas as idades, mas a infância e a juventude, cidadãos em fase de formação, são os alvos prioritários de nossa atenção. Os avatares, os heróis dos jogos em circulação na web e nas lojas não têm relação alguma com as paisagens, mitos e narrativas brasileiras”.

Para ele, é muito importante estimular aqueles que trabalham com arte eletrônica e animação a produzirem demos jogáveis mais integrados à realidade brasileira, capazes de gerar um sentimento de pertencimento à cultura nacional. “O objetivo final do concurso BR Games é levar os projetos desenvolvidos aos mercados internacionais especializados, para que possam ser negociados e publicados por alguns dos poucos fabricantes que dominam este mercado, um dos mais lucrativos das indústrias criativas e de entretenimento”, explica.

Para participar é necessário o envio de uma proposta escrita conforme modelo disponível para consulta no link: http://www.brgames2009.com.br. Ela será avaliada por uma comissão integrada por profissionais do segmento de jogos de computador e entretenimento digital. Em uma segunda etapa, 20 projetos serão selecionados para uma defesa oral. Desses sairão os dez vencedores, que terão seis meses para trabalhar no desenvolvimento final.

A nova versão do Edital de Jogos Eletrônicos – BrGames – é uma parceria entre a Secretaria do Audiovisual (SAv/MinC), Secretaria de Políticas Culturais (SPC/MinC) e Associação para Promoção da Excelência do Software Brasileiro (SOFTEX), com o apoio da Associação Brasileira de Desenvolvedoras de Jogos Eletrônicos (Abragames).

* Com dados do Minc





Corra Faith, corra!

30 04 2009

Mirror’s Edge (PC)

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Desde a divuldação das primeiras imagens de Mirror’s Edge, desenvolvido pela DICE – Digital Ilusions Creative Entertainment (da série Battlefield) e produzido pela EA Games (a gigante amada e odiada dos gamers), o jogo já causava grande expectativa em cima de sua jogabilidade corajosa na combinação incomum entre primeira pessoa, Le Parkour e uma interface minimalista aliada a um cenário urbano totalmente “clean”. O lançamento da demo em 2008 aprofundou mais ainda o hype e uma enxurrada de pré-análises inundaram a internet.

Muita expectativa acabou murchando a bolha em volta de Mirror’s Edge em seu lançamento no final de 2008 para Xbox 360 e PS 3. De uma hora pra outra o hype se foi e críticas negativas foram saindo aos poucos.

Mas elas seriam realmente válidas? Há alguns meses saiu a versão para PC do jogo, e finalmente pude tirar minhas dúvidas  a respeito de um jogos mais aguardados por mim no ano passado [e meio mundo].

Em Mirror’s Edge encarnamos na pele de Faith, uma mensageira ilegal num futuro onde tudo é monitorado pelo governo, o que faz surgir um “mercado negro” de comunicação alternativa através dos “runners”, que carregam maletas de informações pulando de prédio em prédio, enfrentando policiais e chuvas de balas. O mote da trama é disparado quando a irmã da personagem, uma policial, é incriminada pela morte de um candidato a prefeito que era contrário ao controle efetivo do estado sobre a população. A partir daí começa literalmente uma corrida contra o tempo de Faith para encontrar os verdadeiros assassinos.

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História simples e direta, com uma premissa e contextualização interessante, mas não deixa de ser rasa ou pouco cativante. Porém, o problema não chega a ser este, e sim a forma como ela é desenvolvida: através de sequências de animações tradicionais [pior se fosse estática como em Oni. Arg!], cortando bruscamente o ritmo imersivo do jogo. Uma falha semelhante é encarada por Crysis: Warhead quando comparado ao primeiro Crysis. E essa diferença pode ser até comparada em Mirror’s Edge, quando temos uma cena em que Faith encontra sua irmã na cena do crime, que acontece toda em primeira pessoa no próprio desenvolvimento da missão, e deste momento pulamos diretamente a uma animação parca que introduz o próximo nível.

Em contra-partida o jogo tem outro fator, este bem favorável: ele é viciante. Podem reclamar o quanto quiserem da repetição, do pula-correr-pular-cair, mas o jogo tem um ritmo alucinante comparável ao Sonic. Pode sim ter alguns cenários fechados repetitivos, mas os abertos conseguem ter um ótimo campo de possibilidades, dando margem ao jogador explorar a vontade o cenário, o convidando futuras revisitações e novas experiências de jogabilidade.

O jogo não é nenhum Portal [este sim uma obra prima], mas apresenta bons desafios e uma jogabilidade que não é tão difícil como alguns imaginam. E se estes a acham complicada a ponto de quebrar o teclado de ódio, os convido a jogar alguns old schools como Castlevania e Ninja Gaiden 2, e enfrentar os malditos buracos sem fundo que inundavam os jogos do Nintendo.  Uma analogia que me faz pensar que Mirror’s renovou essa antiga formula meio “Sonic/Mario” de ser, mas só que de uma forma bem mais imersiva.

mirrors-edge-screenshot

Para isso os gráficos ajudam bastante, não por serem tão realistas [bem, mas se tiver uma placa Nvidia que suporte PhysX eles serão!], mas por serem belos e vivos.  Mas eles poderiam ser mais “habitáveis” e não cidade fantasma, ao menos o jogo consegue rodar em Pc’s com configurações modestas.

Há ainda do som que alimenta melhor o suspense, desde a música a respiração ofegante/agonizante da personagem. A interface minimalista também contribui para uma melhor experiência, limpando a imagem para o jogador, o que ajuda bastante na exploração do cenário [fator importante quando se perde na correria!].

Um ponto negativo que falta comentar é a jogabilidade na hora das batalhas. Ela simplesmente não funciona! Ë muito bonita quando funciona, mas geralmente falha e rende muitas dores de cabeça. Tudo bem que isso acaba desencorajando qualquer um a sair desarmando os inimigos, mas poderia ser mais funcional.

Mirror’s Edge é um jogo equilibrado, poderia sair melhor, mas já é o suficiente para quebrar a monotonia dos jogos de primeira pessoa junto com Portal. Se ao menos a história fosse suficientemente cativante para prender o jogador, ou tivesse algum personagem que interessante para carregar a marca a jogo, quem sabe [Faith é autêntica visualmente, mas uma protagonista fraca no desenvolvimento]. Então a dica, pode pular as apresentações e ir direto a ação, porque esse sim é o grande trunfo de Mirror’s Edge.





Euphoria

13 05 2008

Para os desavisados, o Grand Thief Auto IV (GTA IV) lançado nesse final de abril vem com uma ótima novidade para a nova geração de games. Ele é um dos primeiros jogos a incorporar a tecnologia de inteligência artificial “Euphoria”, desenvoldida pela NaturalMotion. O grande lance desta nova tecnologia é sua forte capacidade de gerenciar os movimentos dos personagens em tempo real, criando comportamentos dinâmicos para cada situação, dando naturalidade bastante humanizada para o game.

Não sou muito conhecedor de AI [só um pouco no campo acadêmico, mas explicar isso item por item é complicado], mas para os curiosos deixo o link para um texto bem didático sobre o funcionamento da tecnologia. Outros jogos que virão com “Euphoria” serão Star Wars: The Force Unleashed e Indiana Jones.

Confira os vídeos demonstrativos abaixo.