Capa & Espada

31 08 2008

[Pequenos Guardiões vol. 1 e 2, 2008]

Três anos depois que causar furor no mercado de quadrinhos americanos, saem agora no Brasil os primeiros volumes da série independente “Os Pequenos Guardiões” (Mouse Guard), pela Conrad Editora. Criada por David Petersen,  a série quadriniza as aventuras dos membros da Guarda, um grupo de camundongos guerreiros designados para defender os civis em quais quer situações e manter o reino a salvo de futuras invasões.

De maneira bem despretensiosa, Petersen utiliza como principal pano de fundo os valores da cavalaria medieval, para aos poucos temperar esse ambiente com uma intrigante trama que acaba cativando o leitor a prosseguir com a trama. Apesar de econômico a cada edição  [umas das características do quadrinho underground americano], “Os Pequenos Guardiões” sabe criar nos seus mínimos detalhes elementos de um enredo que parece desembocar para uma conclusão grandiosa. E muito disto se deve ao traço do criador dos bravos camundongos.

David Petersen deixa de lado qualquer interpretação cartunesca sobre seu mundo e o recria da forma mais realística possível, apesar de seu principal público seja o infato-juvenil. Seus camundongos pouco guardam traços humanos e pouquíssimos elementos fantasiosos são utilizados, apesar duma trama medial erroneamente dita inspirada em Tolkien, o mundo que a Guarda tem que defender é arduamente realista e perigosa para seres com seu porte diminuto.

Com tudo isso, o autor se mostra um quadrinista consciente do valor de sua obra. Seus diálogos são curtos e eficientes, sua arte com o lápis é algo impossível de não admirar e sua diagramação simples consegue dar um ótimo ritmo a cada edição [dando aquele gosto de querer ler mais e mais!]. Interessante saber que esta é única grande publicação de David Petersen, mantendo quase totalidade de sua obra numa distribuição independente entre conhecidos e familiares.

Apesar de surgida numa estrutura com raízes no indie comics [a expressão underground comics parece ter ficado no século passado], se depender dos esforços do autor “Os Pequenos Gurreiros”  será adaptada para cinema numa animação em 3D, projeto em fase de pré-produção e sem previsão de lançamento. E promessas para continuidade da série é o que não falta nas palavras de David Petersen. Enfim, leitura recomendada para quem desejar ter contato com algum material do crescente mercado indie nos quadrinhos americanos atualmente.

por Dario Mesquita





Dá uma olhada em algumas sugestões de jornalismo cultural

28 08 2008

Hoje o texto é mais um conjunto de indicações de blogs que tratam de jornalismo cultural. Em dúvidas sobre o que escrever o autor acessa a comunidade Jornalismo Cultural do Orkut, em busca de um tema legal, e acha estes dois blogs.

O primeiro é o “Alacazum”. O blog traz crônicas, poesias e outros textos relacionados à cidade de Valença – BA. o blog da escritora Celeste Martinez traz também referências a personagens históricos de filmes e de desenhos animados. Além disso o Alacazum traz também notícias relacionadas à vida animal e também sobre turismo.

O outro exemplo é o “Texto Vivo”. O site é da Academia Brasileira de Jornalismo Literário. A academia é uma ONG focada no desenvolvimento de metodologias e técnicas que possam contribuir para a melhoria da qualidade da reportagem na imprensa brasileira e para a formação de autores de narrativas de não-ficção. No site é possível encontrar vários exemplos de jornalismo literário atualmente no Brasil.

Para conhecer mais a respeito dos site veja o Alacazum em http://alacazum.blogspot.com/ e sobre o texto vivo em http://www.textovivo.com.br/

Carlos Rocha





Para rir um pouco

27 08 2008

Se está procurando prints, tirinhas hilárias, ou um site onde você pode ter acesso às curiosidades mais absurdas do mundo virtual, trago três dicas ótimas para navegar.

A primeira é uma espiada nos prints do site Tolices do Orkut que, como o próprio nome já diz, traz aberrações, micos e todos os tipos de furadas que alguém pode colocar (por inocência ou não) no orkut.

A segunda dica é o site de Tirinhas do Dr. Pepper (porque piada boa é piada ruim!), um lugar onde o humor negro é a chave de tudo.
Já a terceira é de um site super bacana chamado Bananas Frita. É isso mesmo, Bananas + Frita!
Há um arquivo bem bacana sobre as coisas mais absurdas do mundo virtual. E me parece que o Faustão é o “ídolo”!

Tolices do Orkut – http://www.tolicesdoorkut.com/
Dr Pepper – http://www.drpepper.com.br/
Bananas Frita – http://www.bananasfrita.blogspot.com/

Tania Samara

com edição de Carlos Rocha





Fnac procura novos talentos em quadrinhos

22 08 2008

A Fédération Nationale d’Achats pour Cadres, Fnac, lançou um prêmio de estímulo a jovens estudantes, para que estes abracem uma profissão nas áreas de literatura, artes visuais e música. A cada ano, o Prêmio Fnac Novos Talentos será voltado a uma área cultural diferente e, nesta primeira edição, será dedicado às Histórias em Quadrinhos. Os três primeiros colocados serão premiados com equipamentos e prêmio em dinheiro e terão suas obras publicadas. As obras concorrentes devem ser criadas sob o tema “Infinita Diversidade em Infinitas Combinações”.

O júri desta edição é composto pelo cartunista Angeli, pelo pintor e cartunista Zélio e pela cantora Fernanda Takai. A curadoria é de Silvio Alexandre (membro da Comissão Organizadora do Troféu HQMIX). A cada edição do prêmio um padrinho será convidado e “apadrinhará” o vencedor. Ele participará da comissão julgadora e também promoverá um encontro com o ganhador a fim de mostrar como é o dia-a-dia de um profissional da área. Para esta edição foram escolhidos os gêmeos dos quadrinhos, Gabriel Bá e Fábio Moon.

O vencedor será premiado com a publicação de um livro pela editora Devir e ganhará R$ 5 mil, um super computador, monitor, tablet, impressora, scanner, softwares, além de outros materiais que o ajudarão na sua profissão. Os segundo e terceiro lugares terão histórias publicadas na revista Pixel. O segundo também ganhará R$ 3 mil, computador, monitor, tablet, impressora, scanner e softwares. O terceiro ganhará R$ 1,5 mil, tablet e softwares. Também será premiada a escola onde o concorrente está matriculado, que ganhará um computador e uma coleção de 100 títulos de quadrinhos para incrementar sua biblioteca.

Os participantes tem que ter pelo menos 16 anos de idade e ser estudantes, tanto em nível médio quanto superior ou mesmo curso livre, dos cursos de artes gráficas ou visuais, desenho, design, HQ, ilustração e literatura. As inscrições devem ser feitas através do site, até 30 de agosto.

Todas as informações e ficha de inscrição pelo site da Fnac

Mariana Gonçalves





Circo de Beijing (ou Pequim) estará em Teresina

21 08 2008

Nos dias 12, 13 e 14 de setembro acontece em Teresina as apresenvações do Circo de Beijing (Pequim para mim) no Ginásio Verdão. Será apresentado o espetácuo Império da Mongólia que é dividido em três atos.

O Circo Internacional de Beijing, criado em 1960, é o único no mundo de origem mongol com nível profissional, e tem como característica principal a incrível versatilidade de seus 39 integrantes, o que lhes permite executar os mais diferentes tipos de números.

Em turnê pelo Brasil, o Circo está em apresentação em São Paulo, até o próximo dia 10, com o espetáculo Império de Mongólia. O espetáculo é dividido em três atos, cada um deles com trajes específicos, e inclui atrações como equilíbrio de pratos, tiro ao alvo, magia, contorcionismo, torres humanas e lutas entre guerreiros.

Com direção de Xin Guining, o espetáculo segue o espírito que norteia o Circo de Beijing, cujo objetivo é conservar a essência da acrobacia tradicional oriental, enriquecendo-a com características étnicas locais.

O grupo circense já ganhou mais de 40 prêmios, já se apresentou em 500 cidades diferentes e já foram assistidos por mais de 40 milhões de pessoas. Em seu currículo, também está a criação de mais de 30 espetáculos diferentes, nessas quase cinco décadas de existência.

Carlos Rocha





Um pouco de Teresina

20 08 2008

Teresina, capital do Piauí, completou no último sábado 156 anos de fundação. Conhecida como “Cidade Verde”, uma designação dada pelo poeta maranhense Coelho Neto, Teresina apresenta hoje as conseqüências das transformações que sofreu com o passar desses anos.

No rio Parnaíba, que inclusive influenciou para que a cidade se tornasse a capital, vê-se mais bancos de areia do que água. As praças, algumas reformadas, exibem pouco das marcas históricas da época de sua construção.

A avenida Frei Serafim, que nos anos 30 começa a ser urbanizada para ser o cartão postal da cidade, é hoje um dos maiores gargalos do trânsito da cidade. No centro histórico, são poucos os prédios antigos que ainda não foram demolidos para dar lugar a estacionamentos.

Que essa data sirva para que possamos refletir mais sobre a preservação da memória, identidade e marcas da nossa cidade.

Acima uma das fotos de como Teresina era antigamente. Para ver mais clique aqui.

Fernanda Dino
Com edição de Carlos Rocha





Vá para a “Nóia” em Fortaleza

13 08 2008

Até o final do mês os interessados em participar do 7º Nóia – Festival Brasileiro do Audiovisual Universitário podem se inscrever. O 7º Nóia vai acontecer em Fortaleza entre os dias 28 de outubro e 1º de novembro. Além disso acontece também nos mesmos espaços a Mostra Cearense de Fotografia Universitária e a Mostra Cearense de Bandas Universitárias.

Para participar do 7º Nóia os estudantes precisam estar matriculados nas instituições de ensino superior público e privado de todo o Brasil. O Nóia é um espaço para divulgação da produção audiovisual de universitários. A participação varia de filmes de celular a qualquer outro tipo de filmes.

Até o começo do festival os filmes inscritos no festival do ano passado serão exibidos nas diversas zonas de Fortaleza em uma mostra itinerante. Para o final deste ano e o começo do ano que vem está previsto a exibição dos filmes inscritos na edição passada e na atual, no evento chamado “Nóias Universitárias”.

Para ver mais sobre o assunto clique aqui.

Carlos Rocha





DC Final

12 08 2008

Reflexões prévias sobre a Crise Final [a ultima esperança da DC?]

A temporada dos mega-crossovers está a todo vapor no mercados de comics americanos, um fenômeno de caça níqueis que geralmente acontece na segunda metade do ano e sempre vem acompanha de slogans que prometem mudar de vez tudo, até o a vida da cachorra da vizinha do Superman. No páreo dessa corrida temos as eternas Marvel e DC: a primeira com a velha fórmula de uma invasão alienígena [os Skrulls], evento chamado de Invasão Secreta; a segunda… a segunda… bem, a DC está sendo difícil de explicar com seu evento Crise Final, mas já falo melhor dela.

Observe, a Marvel anda fazendo direitinho seu feijão com o arroz, incrementando seu tempero com um conceito em que qualquer herói pode ser um alienígena disfarçado [podendo isso ser ou não uma justificativa para tampar alguns buracos na cronologia]. Brian Michael Bendis anda fazendo um serviço meia boca na série principal do evento, mas ao todo ela anda agradando bem a todos e está se saindo bem lucrativa para Marvel. E pelo que já li, só me empolgou a primeira edição, o resto anda meio que patinando ainda, sem novidades.

Agora a DC… assim como seu universo, ela anda numa crise braba. A cada mês ela perde mais leitores, a cada ano seu editor-chefe é jurado de morte pelos leitores. E sua cronologia anda uma bagunça sem fim mesmo depois da Crise Infinita, há uns dois anos atrás, que teria a função de deixar o ambiente mais agradável para velhos e novos leitores. Mas tudo desandou mesmo. Uma das poucas coisas que se salvam dessa transformação toda seria as série semanal 52, encabeçada especialmente pelo Grant Morrison [que já-já falo dele], e nova fase da Liga da Justiça, pelo escritor Brad Meltzer.

E há bem pouco tempo li a saga Guerra dos Anéis, com a Tropa dos Lanternas Verdes, e uma prévia do evento da DC, e mesmo ela sendo encabeçada pelo Geoff Johns, acabou ficando enfadonha e largou ampliou até demais o universo dos lanternas verdes [algo positivo e negativo, afinal, a existência de mais umas não sei quantas tropas de lanternas é exagero!]. Outra prévia mais direta do evento, Contagem Regressiva para Crise Final, ainda não li, e devo passar longe! A série foi detonada por todos os lados, acho que só os fãs hard-cores tem coragem de ler essa série depois de tantas críticas negativas [ela inclusive teve seu primeiro número lançado no Brasil este mês].

Quase tudo que antecedeu Crise Final da DC foi mais que água com açúcar, foram eventos massivos e confusos. Isso até lançarem a série Crise Final de fato. Fruto da cabeça doente de um autor como Grant Morrison, a série anda ganhando volume e características atípicas de um mega evento. Nesse fim de semana mesmo li a última edição (n. 03), e ao final só fiquei com aquele sorriso sádico me pergunta o que diabos Morrison está fazendo.

Não vou entregar muitos spoilers e nem tentar explicar, é impossível para mim [mas quem quiser explorar tudo, acesse aqui]. Para começar, Crise Final não tem muito haver com as primeiras crises até agora, ou seja, está imprevisível; e depois, o próprio Morrison já afirmou categoricamente que a série tem mais ligadas aos acontecimentos de 52 e suas série Sete Soldados da Vitória, ou seja, novamente, o evento parece estar mesmo nas mãos de um dos autores mais controversos do mainstream!

Grant Morrison é famoso por tirar coisas do baú, em Crise Final ele parece ter tido uma aula de história com o Jack Kirb sobre o Quarto Mundo e os Novos Deuses, e ele é mais conhecido ainda por desrespeitar a cronologia, desconsiderando fatos que considera idiotas demais. Morrison fez isto em X-men, ao dar vida a personagens considerados mortos [inclusive o Magneto, revitalizando-o], e com DC Um Milhão, recriando os universos paralelos quando eles não deveriam mais coexistir. Em seu trabalho polêmico com Batman RIP, ainda em andamento, Morrison explora um Bruce Wayne atormentado por um universo cheio de aberrações, e tenta recriar [ou matar] um personagem tão vazio que passou anos atrás da mascara do Batman.

As vendas de Crise Infinita podem estar abaixo da média, mas a série promete mais do que aparenta. Com Morrison a frente das principais idéias do projeto, considero que o universo DC possa sair mais confuso ainda, bem alterado [só lembrar o que ele fez com os X-men], feridas que serão difíceis de maquiar. Ë meio loucura deixar um projeto de tamanha magnitude nas mãos de alguém quase insano, que ou se ama ou se deseja sua morte.

Enquanto que a Marvel anda incrementando as fórmulas de um mega evento, a DC jogou tudo para cima e refaz seu conceito de mega evento. E eu quero mais ver o circo pegar fogo!!!

[Daria até para escrever mais, porém, é melhor esperar até dezembro, quando restarem apenas as cinzas].

Por Dario Mesquita





Teresina sedia seminário de políticas culturais

7 08 2008

Nos dias 7 e 8 de agosto Teresina vai sediar o Seminário do Plano Nacional de Cultura – Piauí. O encontro reunirá gestores culturais da área governamental e da iniciativa privada, além de representantes da sociedade civil, para debater e apresentar propostas de aperfeiçoamento ao texto que irá subsidiar a votação do Projeto de Lei do Plano, no Congresso Nacional.

Este é o quarto evento de um ciclo nacional de discussões iniciado em junho, em Minas Gerais. O Plano Nacional de Cultura (PNC) é um conjunto de estratégias e diretrizes para a execução de políticas públicas para a área cultural, nos próximos dez anos, que está sendo elaborado com a participação da sociedade brasileira. A discussão pública sobre o PNC começou em 2003, quando foi realizado o Seminário Cultura Para Todos. Depois, foram realizadas audiências públicas, na Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados, e em 2005, a 1ª Conferência Nacional da Cultura.

Os encontros estaduais fazem parte da etapa final de discussão pública sobre o Plano Nacional de Cultura e vão ser promovidos em diversos Estados até o final do ano. Os resultados serão incorporados ao texto que subsidiará a relatoria e votação pela Câmara dos Deputados. O seminário do Piauí será realizado no Rio Poty Hotel.

Carlos Rocha





Mais música clássica na Scania

6 08 2008

O último texto foi sobre a turnê do Arthur Moreira Lima pelo Piauí. A novidade é que a turnê vai continuar. A retomada no solo piauiense acontece no final deste mês com a passagem da scania musical pelas cidades de Corrente, Bom Jesus, São Raimundo Nonato, Floriano, Picos, Oeiras, Barras, Pedro II, Esperantina, União e Teresina.

Na entrevista dada pelo pianista ele ressaltou a atenção do público piauiense nos consertos. “O interesse da população nas cidades onde passamos foi muito forte, o público participou e contribuiu com o silêncio, desde às crianças até as pessoas mais velhas, foi muito prazeroso”, disse Arthur Moreira Lima. No Piauí a caravana do “Um piano pela estrada”, passou por Parnaíba, Piripiri, Campo Maior e Altos. O caminhão volta ao Piauí no final do mês cumprindo mais uma etapa do roteiro deste ano, batizado de “Brasil Sertões”.

As datas da nova passagem do piano de Arthur Moreira Lima pelo Piauí são: de 18 a 25 de agosto, Corrente, Bom Jesus, São Raimundo Nonato, Floriano, Picos e Oeiras; de 2 a 10 de setembro Barras, Pedro II, Esperantina, União e Teresina. Em cada uma das cidades os moradores vão acompanha um conserto de 1h30min com um repertório de Bach, Mozart, Beethoven, Chopin, Liszt, Pixinguinha, Villa-Lobos, entre outros compositores da música clássica e popular brasileira e universal.

Para ver mais clique aqui.

Carlos Rocha